sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

É complicado saber viver...


Olá Pessoas! Fico pensando com deve ser a vida vivida mais leve, sem muitas preocupações... Será quimera, fantasia, sonhar com menos trabalho, mais dinheiro, mais realização de sonhos? Será mesmo necessário um horário tão longo de trabalho (8 horas por dia)? Não seria suficiente que pudéssemos simplesmente fazer nossas tarefas, concentrados, sem ninguém nos chamando o tempo todo, e ter o resto do dia livre pra fazer o que bem entendêssemos? Penso que isso é realidade para poucas pessoas, aquelas que por sorte ou muita luta, podem desfrutar hoje desse tempo.

Eu acompanho Tititi (não sou noveleira, mas enfim... perdoem a falha... rsrsrs) e, por algum acaso, me identifiquei muito com a Marcela, interpretada pela maravilhosa e talentosa Ísis Valverde. A Marcela tem um talento natural para escrever e entender os sentimentos dos outros. Ela tem muito tempo disponível para cuidar do Paulinho (que é um fofo!!) e ainda consegue ter sucesso com a coluna dela na revista Moda Brasil.
Ela conseguiu realizar o sonho dela (escrever e ter um filho), e consegue ser forte o suficiente para não abaixar a cabeça por causa do dinheiro...

Não tenho certeza de que consegui atingir meu objetivo nesse post. Muita coisa passa pela minha cabeça agora, como cometas riscando o céu, e ainda estou confusa sobre a vida em si. Só gostaria de que minha vida fosse mais leve e mais bonita como a Marcela e todas as suas realizações. É novela, eu sei, mas eu bem que gostaria... Será utopia?

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Traduções

Boa tarde, pessoas!

Vim aqui informar que estou trabalhando com traduções, e já saiu o primeiro capítulo do meu primeiro trabalho: Hohzuki Island, um mangá de suspense-terror. estou me divertindo muito traduzindo essa história. quem tiver interesse em ler está no site da DebuScanlator, especializada em mangás. http://debuscans.blogspot.com/ . quem tiver interesse em encomendar alguma tradução, email-me floresdecerejeira@gmail.com .

Beijocas!!

J.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Inferno

O vento flamejante entra pela janela
e lambe o corpo adormecido,
com a sua língua quente.
A casa grita silenciosamente
Pela garganta muda da mulher.
A cama encharcada de suor
embala os pesadelos infernais,
Cheirando a fumaça, mofo e enxofre.

No horizonte, o sol nasce,
Alastrando fogo em campos sem fim.
Pelo ventre seco da terra
lagartos correm, fugindo dos
Raios de fogo que queimam o asfalto.

O corpo viril cai no chão em brasa,
se descolando da cama.
Os olhos abrem e visualizam
Curvas indo em direção à janela.

Outros olhos observam o céu.
Vêem nuvens cinzas.
Mãos abrem a porta da varanda
E saem.
O vento, como um vestido de fogo,
envolve a nudez exposta.

O homem se transforma em cobra
E rasteja aos pés de Eva.
Vendo-a vestida de vento vermelho vivo;
Da cor da maçã pecaminosa,
Ou da pimenta ardida;
Ele se enrosca e sobe
Pelo tronco vermelho,
Sedento pela boca rubra.

Contramão do destino

Quero atravessar as paredes
De brancura intacta.

Quero roubar as cores
Do perfume do jardim.

Quero arrancar as vísceras da luz
sem que ela se apague.

Quero o sabor do chocolate
em meus cabelos.

Quero suco de limão
correndo em minhas veias

Quero uma pedra
batendo em meu peito

Quero o sorriso
Das plantas carnívoras.

Quero uma tatuagem
Feita de aço.

Quero um beijo
Esquecido nos lábios.

Quero o sonho (e o sono)
de quem tá acordado.

Quero o pensamento
pensado no século passado.

Quero a mordida
da fruta que nunca comi.

Quero pensar apenas
Que nunca te vi.

Constante

Um demônio toma conta do meu corpo.
Um anjo toma conta da minha alma.
Eu tomo conta da minha mente.

Um demônio diz para eu fazer.
Um anjo diz para eu sentir.
Eu digo para eu pensar.

Um demônio vê a sua foto.
Um anjo sente a sua foto.
Eu lembro de você.

Vários demônios riem, e rodam, e batem palmas
Ao meu redor, debochando, fazendo caretas,
Queimando meu corpo.

Vários anjos cantam, e voam, e tocam harpas
Ao meu redor, acariciando, sorrindo,
Levando minha alma ao céu.

Eu apenas estou entregue aos teus beijos.
Eu sou o demônio.
Eu sou o anjo.
Eu sou eu. Constantemente.

Saudades de ti

A luz amarela do poste
Acende, e ilumina a rua.
Entre as nuvens,
Passa um avião fazendo
Um tremendo ruído.
O verde-marrom das árvores
Dançam a sinfonia surda do vento,
Que varre a rua deserta.
A cadeira de balanço
Me nina, e como um bebê,
eu já não sei se sonho ou se estou acordada.

Lembranças desdobram-se diante dos meus olhos
Uma risada alegre.
Olho para o lado e te vejo.
Vários "você" passam por mim,
em vários momentos.
Cansado, alegre, com sono, sério,
Raivoso, apaixonado.
Um você chega perto e acaricia meus cabelos.
Outro você se aproxima e me beija de leve.
O vento sopra mais forte, levando todos os "você" embora.

Fico toda arrepiada
Mas não é por causa do vento.
É de saudades de ti.

sábado, 1 de maio de 2010

algo que me passou pela cabeça...

a Lua brilhava alto contra o céu escuro perspontado de estrelinhas. A noite densa tomava conta da floresta, e era raro algum som, mesmo o som do vento, que corria manso e quente, abafando desejos ainda incompreendidos. numa vila próxima, todas as casas pareciam dormir, até mesmo a fumaça lenta e mansa que saía das chaminés. as luzes de candeeiros brilhavam abafadas dentro das casas. embora a noite estivesse bonita, era também perigosa. aquela noite continha algo de misterioso, que homem nenhum queria descobrir. era terrível demais.

de repente, um silvo baixo e sibilante cortou o ar. os cachorros, até instantes atrás, vencidos pelo calor, se puseram a farejar o ar com um brilho de terror nos olhos. um cheiro acre de enxofre invadiu a cidade lentamente e, sem que ninguém percebesse, foram tomados, um a um, pelo sono ensurdecedor que desceu naquelas paragens. todos, exceto uma pessoa.